O crescimento do segundo trimestre de 2024 foi animador...22% de crescimento sobre o mesmo período do ano anterior, mas...o mais importante é o sinal que teremos bons resultados em 2024 e 2025.

Passamos por vários "sustos" nos últimos anos. No começo de 2023 tivemos uma onda de demissões nas empresas de tecnologia americanas e europeias, gerando pedido de cortes de headcount (pessoas) no Brasil independentemente do resultado local. No segundo trimestre de 2023 a conjuntura internacional e nacional colocou as empresas consumidoras em estado de alerta, com "freeze" (congelamento) de investimentos.

Os resultados do quarto trimestre de 2023 e do primeiro trimestre de 2024 foram abaixo do esperado, acendendo uma luz amarela e nos levando a pensar se seria apenas um soluço ou se estávamos diante de uma nova realidade de mercado. Felizmente foi só um soluço e o mercado voltou a crescer. Os empresários de tecnologia colocaram VENDAS como sua prioridade, em especial, para aumentar e expandir a base de clientes. Mudaram o planejamento, a gestão e a abordagem de vendas, exigindo mais disciplina e eficiência do time de vendas. Os empresários querem aumentar as vendas sem aumentar o time de vendas, portanto, terão que trabalhar com processos, metodologias e automação.

Por coincidência numérica começamos 2023 com uma expectativa de crescimento de 23% e terminamos com um resultado de 21%. Começamos 2024 com uma expectativa de, também, 23% e, agora, tudo aponta para 21% de crescimento - o que é EXUBERANTE perto de toda a insegurança nacional e internacional. As oportunidades de venda de tecnologia, no Brasil, são muito maiores do que as ameaças ou inseguranças políticas, fiscais e tributárias do governo Brasileiro, da guerra na Ucrânia e Oriente Médio, e das incertezas na China.

A calamidade das enchentes no Rio Grande do Sul criou um senso de urgência e desengavetou projetos de NUVEM, cybersegurança e modernização tecnológica.

Inteligência Artificial (IA) deixou de ser um bicho-papão. Os projetos mirabolantes do tipo "NASA" passaram a ser protótipos, pilotos e projetos mais "pé-no-chão", mas com excelentes resultados. IA se aliou a cybersegurança, RPA e low-code para aumentar a produtividade dos colaboradores e das empresas.

Muitas revendas, integradores e empresas de terceirização começaram a aumentar seus EBITDAs revendo suas carteiras de ofertas, compondo com serviços que podem ser empacotados para facilitar a venda (reduzir o ciclo de vendas) e criar replicabilidade na implementação, ou seja, aumentar a margem de lucro.

Em 2024, teremos 10% das empresas de tecnologia com crescimento acima de 50%. Não existe mágica, nem sorte. Existe uma boa análise de mercado, um planejamento bem elaborado com a escolha correta de ofertas e mercados, e grande disciplina na execução. As empresas com alta taxa de crescimento têm FOCO, têm especialização e trabalham de maneira proativa no mercado. Estas empresas buscam o cliente que querem atender, buscam os projetos que querem atender.

As empresas com baixa taxa de crescimento trabalham muito mais no modo "reativo", ou seja, atendem qualquer cliente e fazem o que o cliente quiser. Esta pode ser uma estratégia de início de vida empresarial, mas não se sustenta por mais de alguns poucos anos.

Enfim, o mercado brasileiro de tecnologia terá grandes oportunidades e talvez você seja o seu pior inimigo.

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